Essa é a segunda onda de ataques na região do Sahel em menos de uma semana. Ao todo, este já é o quarto ataque registrado em Burkina Faso só este ano.
Os cristãos de Burkina Faso sofreram mais ataque no último domingo, dia 16 de fevereiro. De acordo com o site de notícias da Rádio França Internacional (RFI), o incidente aconteceu em uma igreja em Pansi, região nordeste do Sahel.
Enquanto os seguidores de Jesus estavam em momento de culto, a vila foi invadida. O resultado da ação foram 20 mortos e 15 feridos, além do sequestro do pastor e o incêndio do prédio da igreja.
Ainda existem pessoas desaparecidas, porque muitos fugiram para Sebba, mesma cidade onde os feridos foram levados. A Portas Abertas noticiou o sequestro de cristãos no município.
No dia 11 de fevereiro, o diácono Lankoandé Babilibilé foi assassinado, e o pastor da igreja Evangelical SIM Church, Omar Tindano, duas filhas, um filho e dois sobrinhos foram capturados. As cristãs foram libertadas, mas os cristãos foram executados no dia 13.
Sociedade intolerante com pessoas de religiões diferentes
Os constantes ataques violentos a cristãos em Burkina Faso colocaram o país em 28º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020.
A população que antes era conhecida pela tolerância religiosa, passou a ser conservadora e tem contribuído como informantes dos extremistas islâmicos. Os mais afetados são os grupos de seguidores de Jesus que abandonaram as religiões dos ancestrais para caminhar com Cristo.
Veja também: Líderes cristãos e familiares são mortos em Burkina Faso
Este já é o quarto ataque registrado em Burkina Faso só este ano, que conta com mais de 100 mortos entre adultos e crianças. Em sua maioria, cristãos.
O país subiu de 61ª posição na Lista que observa países em perseguição para 28ª posição na Lista Mundial da Perseguição em 2020.
Essas mortes criaram uma atmosfera de medo, com muitos cristãos amedrontados para participar de cultos na igreja ou mandarem os filhos para a escola.
Este pavor também tem acarretado em uma grande fuga de cristãos para outras regiões do país, consideradas mais seguras e que – ainda – não foram atacadas ou ameaçadas por esses grupos.
Uma sociedade que era muito tolerante no passado tem se tornado intolerante com pessoas de religiões diferentes. Isso também é auxiliado pelo fato de que há conflitos étnicos com dimensões religiosas. Como resultado, convertidos e outros grupos de cristãos têm enfrentado pressão extrema.
Com informações da Portas Abertas
DEIXE UM COMENTÁRIO |