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Apesar da derrota do Estado Islâmico, cristãos perseguidos ainda precisam de ajuda

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

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O Estado Islâmico foi derrotado, mas isso não significa que a pressão sobre a igreja tenha acabado. Os cristãos perseguidos no Iraque e Síria ainda contam com a ajuda de seus irmãos brasileiros.

Apesar do Estado Islâmico ter perdido a maior parte de seu território, ainda existem células “adormecidas” em ambos os países. Além disso existe a presença de outros grupos radicais. A situação parece controlada, mas o extremismo religioso e a violência contra cristãos continuam nesses dois países.

No Iraque há relatos de insegurança. Com isso, muitos cristãos hesitam em voltar aos vilarejos na Planície do Nínive, região mais atingida pela ocupação do EI.

Para apoiar esses cristãos, a Portas Abertas desenvolve vários tipos de projetos. Tais como a reconstrução de casas e igrejas, reabertura de escolas e bibliotecas além de microcrédito.

Faraydoun é um dos beneficiários de um projeto de microcrédito. Ele trabalha com criação de peixes em Dohuk, nas montanhas do norte do Iraque.

Faraydoun segura um peixe de seu criadouro, de onde tira o sustento da família, no Iraque. (Foto: Portas Abertas)

Hoje ele está muito feliz, mas nem sempre foi assim. Sua bem-sucedida fábrica em Bagdá, a capital do país, foi destruída por extremistas muçulmanos, que também ameaçaram sua família.

Isso motivou a fuga deles para Dohuk, onde se estabeleceram. Anos depois o EI começou a estender sua ocupação também no norte do país. Com isso a família de Faraydoun fugiu mais uma vez, indo para a Turquia como refugiados.

Ele diz: “Quando o EI chegou, ficamos sem nada, sem parentes nem casas. Eles nos tiraram tudo e nos expulsaram”.

Sobre o tempo na Turquia, ele diz que foi um grande desafio, devido à barreira linguística, em uma terra estranha e sem trabalho.

Faraydoun levou a família de volta para Dohuk quando o Estado Islâmico foi expulso do Iraque. No entanto ficaram devastados com o que encontraram. A casa estava em desordem. Ficaram sem nada. “Honestamente, eu chorei. Olhar para os meus filhos foi difícil. Quando lembro daquele dia, ainda dói”.

A igreja como doadora de esperança na síria

A igreja, cuja esperança está em Cristo, também funciona como uma doadora de esperança. É por isso que na Síria, o foco de ação da Portas Abertas está nos Centros de Esperança.

Trabalhamos com igrejas locais para estabelecer esses centros, onde uma grande variedade de atividades é oferecida. Elas vão desde atividades para crianças a cursos para casais. De reunião de jovens a projetos de geração de renda. Há também distribuição de comida para os mais necessitados.

O trabalho tem possibilitado o funcionamento de 16 Centros de Esperança em todo o país. Um deles fica em Alepo, que era a capital econômica do país antes da guerra.

No terceiro andar deste Centro de Esperança, há um centro de distribuição de cestas básicas. Essa é uma das muitas atividades oferecidas. Ali, sete voluntários da igreja se dedicam à distribuição de alimentos seis dias por semana. “Chamamos de 150 a 200 pessoas por dia, para que nunca fique muito lotado”, esclarece um deles.

O pastor Abdallah, líder do Centro, diz: “Acredito que ainda precisamos ajudar as pessoas com comida. Quando Alepo se tornou um lugar seguro, os preços subiram drasticamente, assim como o aluguel. As pessoas não têm renda suficiente para dar conta do custo de vida”.

O pastor continua descrevendo a necessidade das pessoas: “As famílias estão perplexas, confusas sobre o futuro. Estão sem emprego e suas casas estão destruídas. Elas estão confusas sobre sair ou ficar no país. Precisamos encorajar os cristãos a permanecerem. Como igreja, queremos ficar ao lado das pessoas e ajudá-las. Queremos ver um futuro melhor para Alepo e para a Síria”.

Apesar da derrota do Estado Islâmico, cristãos perseguidos ainda precisam de ajuda

Apoio a famílias marcadas por perdas

Desde o começo da crise na Síria, a Portas Abertas respondeu às necessidades de muitos cristãos deslocados no país. Através de igrejas locais, assistíamos mais de 17 mil famílias por mês com comida e outros itens de ajuda emergencial.

“Agora, diminuímos o número de cestas básicas. Focamos nas pessoas idosas, doentes e sozinhas. Em famílias grandes sem o provedor, viúvas sem família e famílias com membros que têm doenças crônicas. E começamos a focar mais em projetos de geração de renda. Além das atividades dos Centros de Esperança”, explica um colaborador da Portas Abertas na Síria.

Entre as pessoas que recebiam a cesta básica na Alliance Church em Alepo, estava Abraham Rajeh Beidoun. O idoso disse: “Eu pego a cesta básica para mim, minha nora e netos. Isso realmente nos ajuda, pois meu filho foi sequestrado cinco anos atrás”.

Outro beneficiário, Amer Kadi, conta: “As condições se tornaram muito difíceis e, por isso, precisamos dessa ajuda. Seria muito difícil comprar toda essa comida. Isso faz uma grande diferença para nós. Essa cesta alimenta ao todo, quatro pessoas”.

Um senhor entrou na sala guiando o filho deficiente visual. Abdel Kader Sha’ban conta que perdeu a esposa em um bombardeio durante a guerra. Um de seus filhos foi sequestrado e continua desaparecido. Este que está com ele perdeu a visão enquanto servia no exército durante a guerra. Abdel diz: “As despesas são altas, meu salário é baixo e eu não tenho ninguém na família que possa trabalhar. Essa cesta nos sustenta por um mês”.

Adaptado com informações da Portas Abertas
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