Escola Dominical – Comentário de apoio: Lição 6 do 1º trimestre de 2020 – A Sexualidade Humana.
Por Aniel Ventura
A Sexualidade Humana – O primeiro casal foi dotado de estrutura físico-emocional, instinto sexual e capacitação para a reprodução e preservação da espécie humana.
Deus dotou o homem e a mulher para fins específicos, puros e elevados. Portanto, a sexualidade é parte natural e integrante do ser humano. No casamento, a sexualidade exerce papel fundamental e indispensável para o bom relacionamento entre os cônjuges. A quebra desse princípio pode resultar em frutos amargos para a família.
I – Deus criou apenas dois sexos
Ao criar o ser humano, Deus fez todos os membros do seu corpo, inclusive os órgãos sexuais. “E viu que tudo era muito bom” (Gn 1.31). Aquele que criou a mente humana, criou também o instinto sexual.
O sexo foi criado puro e sem pecado, mas com a transgressão do casal no Jardim do Éden, todas as suas faculdades foram afetadas pelo pecado, inclusive o sexo.
Já houve pessoas equivocadas, supondo que o fruto proibido no jardim do Éden fosse a prática sexual, que, sendo consumada pelo primeiro casal humano, acarretou a maldição sobre a terra. Nada mais estúpido do que tal “interpretação”!
A sexualidade foi ordenada por Deus para o crescimento da espécie humana e a satisfação dos cônjuges. Não foi a serpente, quem induziu Adão e Eva à relação sexual, mas o próprio Deus quem a estabeleceu quando disse: “Crescei e multiplicai, povoai a terra” (Gn 1.28). Deus os fez, macho e fêmea (Mt 19.4). Se ele quisesse que Adão tivesse mais de uma esposa, poderia e teria criado outras mulheres para ele. O mesmo pode ser dito em relação a um marido para Eva. Isso significa dizer, que o Criador é Senhor e o único que determina o que é ideal no casamento (Gn 1.28).
Um elemento fundamental no casamento é o contrato ou a aliança (Ml 2.14), e o resultado dessa aliança é a relação sexual. A união física entre um homem e uma mulher, representa a união de duas vidas e o compromisso um com o outro. É por isso que o adultério é algo muito grave (1 Co 6.16). A união física no casamento é o símbolo da união em várias áreas. Romper essa união é o mesmo que destruir a unidade da própria vida.
II – Objetivos da sexualidade humana
Deus dotou o homem e a mulher, de órgãos específicos e especialmente destinados à reprodução da espécie, chamados órgãos sexuais ou genitais. A esse processo de perpetuação da espécie humana dá-se o nome de “reprodução sexuada” e é classificada, quanto ao sexo, de “dioica”, ou seja, requer a participação de dois seres da mesma espécie, sendo obrigatório que um deles seja “macho” e outro seja “fêmea”. E isso pelo fato inequívoco de que homem e mulher foram criados com órgãos sexuais apropriados à reprodução. Trata-se de um processo em que há a troca de gametas (masculinos e femininos) para a geração de um ou mais indivíduos da mesma espécie. Percebe-se, então, que Deus não criou meio termo; definitivamente, o ser humano é formado de macho e fêmea. Deus não criou o homem com possibilidades de desempenhar o papel da mulher no ato sexual, nem a mulher o papel do homem.
Deus criou o casamento como o elo mais forte nos relacionamentos humanos (Mt 19.5). “Deixará o homem, pai e mãe e se unirá a sua mulher”. O relacionamento mais duradouro na construção da sociedade não é entre pais e filhos, pois os filhos deixam os pais por ocasião do casamento, mas sim, o casamento entre um homem e uma mulher. E serão dois numa só carne (Gn 2.24). A união conjugal, além da multiplicação da espécie e da satisfação e prazer entre os cônjuges, tem o propósito de glorificar a Deus.
III – Distorções da sexualidade
A fornicação é um termo usado para as relações sexuais ilícitas em geral (Mt 5.32;19.9; At 15,20,29; 21,25; Rm 1,29; 1 Co 5.1) e distingue-se do adultério ou da promiscuidade social depois do casamento (gr. μοιχεία – moickeia; Mt 15.19; Mc 7.21; Jo 8.3; Gl 5.19), e do estupro, que é um crime violento por não ter a concordância da outra parte.
Classifica-se como ato imoral, a relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é seu cônjuge. O adultério é estritamente proibido tanto no A.T. (Ex 20.14; Dt 5.18; punível sob a lei com morte por apedrejamento, Lv 20.10; Dt 22.22), quanto no N.T. (Rm 13.9; Gl 5.19; Tg 2.11). O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28).
No princípio, o Criador não uniu dois “machos” nem duas “fêmeas”. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27; Gn 2.18). Estes textos mostram que o casamento Bíblico é entre um homem e uma mulher, e que a homossexualidade é pecado contra Deus (Lv 18.22), mas não admitimos a violência contra os homossexuais, os quais precisam ser evangelizados, e levados a conhecer a Deus e a sua palavra. Muitos ex-homossexuais, hoje, já servem fielmente ao Senhor, fruto do amor cristão (1Co 6.11).
A ideologia de gênero propaga que os papéis dos homens e das mulheres foram socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante para a definição dos papéis sociais do homem e da mulher. Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam com clareza a distinção natural dos sexos (Mt 19.4; Gn 2.15-25; Pv 31.10-31).
Conclusão
Os preceitos bíblicos que dão conta da sexualidade se identificam com o que Jesus chamou de “caminho estreito”, o qual poucos se dispõem a palmilhar. No mundo hodierno, onde os meios de comunicação em massa aprovam, promovem, incentivam e exaltam o erotismo, sensualidade, a prostituição e o sexo fora do casamento, de modo irresponsável e pecaminoso é necessário que o cristão tome posição firme e consciente. Ele deve orientar-se pelos princípios morais e éticos, para a sexualidade, à luz da Palavra de Deus (Mc 10.6-9).
Bibliografia
– Elinaldo Renovato de Lima – 2002 – CPAD
– Elinaldo Renovato de Lima – 2013 – CPAD
– Comentário Bíblico NT Aplicação Pessoal – Vol. 1- CPAD
– Douglas Batista – 2018 – CPAD
– Dicionário Bíblico Wiclyffe – Charles F. Pfeiffer
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Muito bom…
A bíblia afirma que tudo que Deus fez é bom, até mesmo a sexualidade, mas o homem ( ser humano em geral) buscou muitas invenções.
Sexualidade é algo que deve ser ensinado fielmente a luz bíblica nas igrejas, principalmente para os casais novos tanto quanto aos mais anciãos.