Qualquer conflito de guerra em Israel, já aparece algum teólogo fazendo ligações com a parábola da Figueira.
“Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.32-35).
Claro que Israel, como já dizia Wim Malgo (Revista Chamada da Meia Noite), é considerado por muitos estudiosos de escatologia no cenário profético, como o “relógio de Deus”.
Mas não podemos nos precipitar em nossas análises proféticas e achar que qualquer ataque contra Israel seja uma evidência iminente da Vinda de Cristo. A não ser que nossa percepção de dias seja semelhante à de Deus.
“Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3.8).
Contudo, é preciso cautela para não banalizar o tema e produzir desinteresse e descrédito ao invés de informação e edificação.
Partindo dessa premissa, vale lembrar que Israel já passou por muitas guerras desde que Cristo ascendeu aos céus. Não quero nem mencionar as guerras e os cativeiros que antecederam a Cristo, vou direto às guerras pós-Messias.
Começo destacando a invasão de Jerusalém pelas tropas do general Titus Flávio (ou Tito), em 30 de agosto de 70d.C que além de destruir o templo ainda vitimou cerca de 100 mil judeus.
Peço permissão para pular 1942 o genocídio do povo judeu protagonizado pelo nazismo de Adolf Hitler que vitimou no holocausto 1,470 milhão de israelitas (cerca de 25%) da população judaica, em Auschwitz, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista. Também quero ressaltar a guerra dos seis dias, ocorrida de 5 a 10 de junho de 1967, onde Israel sofreu fortes e intensos ataques de uma confederação de países árabes: Egito, Síria, Jordânia e Iraque, que, por sua vez, receberam o apoio de Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
Foi justamente a partir dessa última batalha, onde Israel saiu vencedor que começaram (principalmente na faixa de Gaza) constantes conflitos que perduram até hoje e não dão sinais de mudanças.
Logo, entendo que os recentes embates entre palestinos e israelitas, enquanto não trouxer um perigo incomum aos já enfrentados por Israel, não passarão de mais um, dos inúmeros episódios de guerra que essa nação infelizmente já passou.
R.A