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A itinerância e o cuidado com a vida

EM FOCO

Ciro Sanches Zibordi
Ciro Sanches Zibordi
Casado com Luciana e pai de Júlia. Pastor na Assembleia de Deus da Ilha da Conceição, em Niterói-RJ; pregador do Evangelho, professor de Hermenêutica, Exegese e Teologia Sistemática, autor e articulista. Formação: Teologia (Faculdade Evangélica de São Paulo-SP); Português-Francês (Universidade Federal Fluminense-RJ); Relações Internacionais (Universidade La Salle-RJ). Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e da Casa de Letras Emílio Conde; colunista do CPAD News; articulista do Mensageiro da Paz (CPAD); autor dos livros: Erros que os Pregadores Devem Evitar (bestseller; série de 3 volumes); Procuram-se Pregadores como Paulo; Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria; Erros que os Adoradores Devem Evitar, etc.; coautor de Teologia Sistemática Pentecostal, todos da CPAD. Pastoreou congregações na AD do Ministério do Belém-SP e foi copastor da AD Cordovil-RJ; atuou na CPAD (RJ) como gerente de TI e editor (2001-2008).

A itinerância e o cuidado com a vida

“A itinerância, em si, envolve riscos, e estes podem se tornar ainda maiores quando não há prudência e cuidado com a vida”. 

por Ciro Sanches Zibordi

Há alguns anos, na condição de convidado para ministrar uma palestra em uma faculdade, na região Norte do Brasil, fui duramente criticado “pelas costas”, ao “desobedecer” o coordenador do evento. Fiz isso porque percebi que ele fazia pouco caso da minha vida e da minha segurança.

Havia um aeroporto próximo à cidade, distante da capital uns seiscentos quilômetros, mas o tal coordenador preferiu enviar um motorista ao aeroporto principal do Estado, de onde ele me conduziria por uma estrada perigosíssima. Chovia muito naquela tarde, e o motorista, tenso, após ter recebido uma ligação pelo telefone celular, parecia estar cumprindo uma missão de ordem militar e corria de modo irresponsável.

Quando reclamei de sua falta de prudência, o motorista me disse: “Preciso chegar ao evento em quatro horas, sendo que, normalmente, o tempo até ali é de, no mínimo, sete horas”. Mandei ele parar imediatamente: “Alto lá! Primeiro, temos de chegar à faculdade vivos! Se não for possível eu ministrar a palestra, paciência! Fica para amanhã ou para outro dia”.

Liguei, então, para o coordenador do evento e lhe disse: “Nós vamos viajar bem devagar, com extremo cuidado com a segurança, pois essa estrada é péssima. Caso não dê para chegarmos a tempo, paciência. Se o senhor não concordar, volto para a minha cidade daqui mesmo”. Conclusão: chegamos à cidade em sete horas e meia, e eu só ministrei a palestra no dia seguinte, a despeito da “cara de poucos amigos” do coordenador.

A itinerância, em si, envolve riscos, e estes podem se tornar ainda maiores quando não há prudência e cuidado com a vida. Não devemos tentar a Deus. Muitos gostam de citar o exemplo de Paulo, um pregador itinerante que passou por muitos perigos. Na verdade, o Senhor livrou esse apóstolo da morte várias vezes, em circunstâncias em que ele não podia intervir, especialmente em sua difícil viagem a Roma, mas Paulo sempre fez tudo o que estava ao seu alcance para preservar a sua integridade física (cf. At 27).

Conheci alguns pregadores que partiram para a eternidade por causa de uma fatalidade. Mas conheci muitos outros que morreram, especialmente em estradas, por causa de imprudência, excesso de velocidade, sono ao volante, pressão para cumprir horários, etc. Por isso, políticos em campanha, palestrantes e profissionais cujo trabalho abarque deslocamentos, viagens aéreas ou terrestres devem ter muita prudência e priorizar a vida e a segurança, sempre.

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