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A Igreja Perseguida sobrevive em meio à guerra na Síria

EM FOCO

Edenin Pontes Neto
Edenin Pontes Neto
Capixaba, natural de Vitória-ES.

A Igreja Perseguida sobrevive em meio à guerra na Síria

Líderes cristãos que permaneceram na Síria, mesmo em meio à guerra, encorajaram outros a fazerem o mesmo, possibilitando a permanência da Igreja Perseguida no país.

Uma revolta armada em 15 de março de 2011, deu início a guerra, atingindo em cheio a igreja perseguida. Várias igrejas sofreram ataques e muitos dos cristãos foram mortos, sequestrados ou simplesmente desapareceram sem deixar rastros. Outros cristãos foram forçados a fugir deixando tudo o que construíram para trás.

A visão do mundo era de que atividade da igreja na Síria ou até mesmo a presença de cristãos, parecia não mais existir em meio a estes oito anos de guerra no país.

“Eu lembro dos rumores sobre o fechamento da nossa igreja no começo da crise”, disse o pastor Abdallah de 47 anos. A igreja pastoreada por ele é uma das muitas que continuam trabalhando nos bastidores para servir a igreja perseguida no país.

O pastor testemunha acerca da ajuda emergencial recebida através da Portas Abertas na Síria e que em todo esse tempo a igreja permanecia aberta. Abdallah afirma que ainda hoje recebem ajuda para o prosseguimento das atividades.

Decididos a lutar pela Igreja Perseguida

Abdallah e sua esposa, Aghna, assumiram os trabalhos da igreja dois anos antes do início da guerra. Apesar da oportunidade que tiveram de deixar o país, compreenderam que a missão que lhes fora dada era de fazer o que pudessem pela continuidade da igreja.

Muitos membros da igreja se sentiram encorajados a também permanecerem no país ao verem seu líder decidir ficar. Este foi um sinal de esperança para o povo.

Da mesma forma, vários outros pastores e líderes cristãos também se decidiram por permanecerem na Síria, ainda que enfrentando as dificuldades da guerra.

Com toda certeza foram tempos de muitas dificuldades. O pastor Abdallah relata que não se sabe o que aconteceu com três membros da igreja que, em razão de sua fé cristã, foram sequestrados.

Ele compartilha que os homens ainda são obrigados a servirem o exército, o que faz com que muitos fujam para outros países ou ainda se escondam em casa com quadros de depressão. Essa situação faz com que mulheres fiquem sozinhas e tenham que trabalhar e criar os filhos.

A relevante ajuda a Igreja Perseguida

Graças às doações, a igreja do pastor Abdallah, que possui cerca de 600 membros, tem sido ajudada. Projetos como o pagamento de mensalidades escolares e de faculdades dos mais carentes puderam ter continuidade. Além de outros como o programa de futebol para crianças isoladas e acompanhamento espiritual e psicológico.

Além desses projetos, a igreja também apoia cristãos curdos, ex-muçulmanos, em um dos campos de refugiados de Alepo.

Há ainda um projeto para a abertura de uma clínica médica com a ajuda da Portas Abertas. O entusiasmo toma conta de todos, visto a grande necessidade de cuidados médicos de qualidade na cidade. O projeto está em fase de recrutamento de médicos bem qualificados.

O pastor Abdallah relata que muitas organizações estão deixando de enviar ajuda à Síria e com isso muitos estão sofrendo. Infelizmente a situação não atrai tanta atenção da mídia. Entretanto, através da ajuda de parceiros da Portas Abertas, o pastor afirma: “Mas nossa igreja sente que não é esquecida”.

Veja também: Sírios lembrarão a operação de ‘bom vizinho’ de Israel para as próximas gerações

Abdallah compartilhou um dos casos que mais o marcou. O fato ocorreu quando uma mãe com três filhos, cujo marido havia sido recrutado pelo exército, o procurou. Ela chegou e disse para o pastor: “Não pense que a ajuda que você nos dá não faz diferença. Agradeça aqueles que estão nos ajudando, porque faz uma grande diferença”.

Assim o pastor entendeu que por mais que algo possa ser pequeno para alguns, pode promover grande impacto para outros.

A Igreja Perseguida precisa permanecer

Desde o começo da guerra em 2011, a Portas Abertas apoiou várias igrejas em toda Síria através de doações.

Por meio das orações e apoio financeiro, igrejas foram transformadas em “centros de esperança”. Elas tiveram condições de alimentar os famintos, vestir os necessitados, confortar os que choravam e compartilhar as boas novas.

Enquanto milhões de sírios continuam deixando o país em busca de refúgio, outros encontram-se deslocados dentro do próprio país. Isso evidencia que a crise ainda não chegou ao fim.

A igreja perseguida da Síria continua necessitando das orações e apoio para permanecer firme e ativa em meio à guerra.

Adaptado com informações da Portas Abertas.
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