Um caso foi registrado em Cornélio Procópio (PR) e outro em Araruama (RJ)
Nos últimos dias foram noticiados os casos de suicídios de dois pastores evangélicos no Brasil. A morte desses pastores reacendeu o debate sobre o que fazem as instituições religiosas para combater a depressão que atinge líderes religiosos em todo o mundo, que muitas vezes questionam o valor da própria vida.
Um caso aconteceu em Cornélio Procópio (PR) no domingo (10), quando o pastor da Igreja Assembleia de Deus, Ricardo Moisés, 28 anos, se enforcou dentro de sua casa, nos fundos do templo. A esposa do pastor entrou em choque ao deparar-se com a cena trágica acionou o SAMU e a Polícia Militar, mas infelizmente era tarde demais.
Dois dias depois, terça-feira (12) o pastor Júlio César Silva, que presidia a Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira em Araruama (RJ) decidiu dar fim à própria vida por enforcamento. O corpo do pastor foi encontrado horas depois, na varanda de sua casa, localizada em um condomínio na região nobre da cidade.
O que pode ter motivado o suicídio desses pastores? O índice de pastores que cometem suicídio é cada vez mais elevado, e causa preocupação nas instituições em todo o mundo.
Pesquisa
O Instituto Schaeffer, dos Estados Unidos, chegou a pesquisar sobre a saúde mental de líderes religiosos e revelou que 70% dos pastores lutam constantemente com a depressão, e 71% estão “esgotados” física e mentalmente.
Ainda de acordo com esta pesquisa, 80% dos pastores acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo.
Assim como o número geral de suicídios, os casos com vítimas que lideram igrejas também têm a depressão como principal causa. Além da doença, fatores como traições ministeriais, baixos salários, isolamento, falta de amigos e problemas conjugais também foram registrados.
Assista ao vídeo do pastor Julio Cesar