Veja as situações mais comuns que conduzem uma pessoa a manter um casamento
Ao trazer a história de um homem que tenta salvar o seu casamento depois de ser traído pela esposa, com seu melhor amigo, o colunista Joe Beam, convidado da edição em inglês do Christian Post, tenta esclarecer o que pode motivar a conservação de um casamento independente das tribulações.
Para revelar o caminho adequado de se manter no compromisso do casamento, Beam se baseia em um estudo do pesquisador Michael P. Johnson. PhD na Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), Johnson é especialista em abordagens sobre a relação do compromisso no mundo das ciências sociais.
JOHNSON DESCREVE O COMPROMISSO DE FAZER O QUE FOR PRECISO PARA MANTER UM RELACIONAMENTO VIVO
O casamento possui extensões significativas que precisam ser mensuradas e fortalecidas quando surge a intenção de seguir com um casamento. Ao entender como as influências internas ou externas procedem para firmar um matrimônio, é possível enxergar melhor a certeza de prosseguir casado.
Dentro do raciocínio do professor Johnson, Joe Beam explica que um compromisso se divide em três categorias principais, pessoal, moral e estrutural, que em uma visão mais clara corresponde respectivamente à suposição do que "eu quero" ou "eu deveria" ou "eu tenho" que ficar neste relacionamento. Conheça melhor estas três categorias:
COMPROMISSO PESSOAL – "EU QUERO ESTAR NESTA RELAÇÃO"
Compromisso pessoal é quando um indivíduo quer manter um relacionamento por si só. Este desejo ocorre quando há a pessoa se sente bem com o relacionamento ou quando sente forte afeição pelo parceiro ou quando pensa mais em "nós" do que em si mesmo.
COMPROMISSO MORAL – "EU DEVERIA FICAR NESSE RELACIONAMENTO"
O compromisso moral é um pouco mais complexo e mostra um indivíduo que mantém uma relação porque acha que isto é correto, mediante um valor interno que gera um sentido de obrigação. Este tipo de compromisso pode atuar em três áreas:
– Quando a pessoa acredita que deve continuar com uma tarefa até que ela seja concluída, como a é o caso da promessa feita no matrimônio de "casar até que a morte os separe".
– A crença de que um casamento oferece estabilidade maior do que outros tipos de relacionamentos. Dentro destas condições é mais fácil ficar na mesma, do que começar outros relacionamentos que possam terminar.
– Mesmo se quiser deixar um relacionamento, o parceiro sente a obrigação específica de manter o casamento com receio de desestabilizar a esposa ou filhos, com receio de desestabilizá-los emocionalmente.
COMPROMISSO ESTRUTURAL – "EU TENHO QUE FICAR NESSA RELAÇÃO"
O comprometimento estrutural é a sensação que o indivíduo tem de que fatores externos os restringem a manter sua vida organizada apenas por meio do casamento. Esta situação pode decorrer de três maneiras:
– O indivíduo fez investimentos irrecuperáveis no relacionamento, seja de tempo, energia ou outros recursões que não são possíveis de repor. Assim, há o pensamento de que é necessário seguir com o laço matrimonial até recuperar de alguma forma o que foi perdido.
– Uma preocupação com a reação de outras pessoas diante do fim do casamento, e do abalo do convívio com a família, a igreja ou os amigos, gera o medo de desestruturar um grupo social.
– A pessoa tem receio de tomar uma atitude, pois a mudança que o divórcio acarreta pode exigir um grande esforço ou recursos financeiros.
– O receio de não haver caminhos viáveis para substituir um relacionamento atual ou sua renda, pode levar a pessoa crer que precisa seguir com a relação.
Dentro destas variações que seguram um casamento, o comprometimento pessoal é mais forte que outras áreas. Contudo, o "dever" e o "tenho que" podem ser cruciais para firmar um matrimônio nos momentos difíceis até torná-lo agradável novamente.
Ao concluir que um relacionamento possui dimensões maiores do que a vivência do casal, é necessário avaliar como um casamento pode estabilizar não apenas o marido e a esposa, mas de seus filhos, do restante da família e de um contexto social.
"Se você está pensando em terminar um relacionamento comprometido, como um casamento, pode ser muito importante para o seu futuro a considerar todas as razões para retomar o trabalho dessa relação", avalia Joe Beam.