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Queda de cabelos: Como se prevenir

EM FOCO

Rosilene A. Pontes
Rosilene A. Pontes
Natural de Juiz de Fora-MG, educadora cristã, esposa, mãe, e avó. Gosta de ler e escrever.

queda-de-cabeloQuando o assunto é beleza, os cabelos são uma das prioridades femininas. Não importa se é liso, encaracolado, curto ou longo, o importante é que eles estejam bem cuidados e saudáveis. Mas, e quando os fios começam a cair, será que existe solução? A identificação da causa da queda de cabelo é essencial para um tratamento eficaz.

Muitas vezes só associada ao sexo masculino, a queda de cabelo é um problema que afeta tanto homens como mulheres, embora de forma diferente. Normalmente o cabelo feminino tem um ciclo de crescimento, estabilização, descanso e queda, que ocorre a cada dois anos. Se quando os fios caem, logo dão lugar a outros, tudo bem. Se não, chegou hora de procurar o tricologista, o médico especializado no diagnóstico e cura de doenças do cabelo e do couro cabeludo.

Mulheres dos 12 aos 60 anos estão mais sujeitas à queda de cabelo, sendo mais comum entre as de 25 e 45 anos. Entre as causas mais comuns estão as alterações hormonais, estresse, depressão, ovários policísticos, doenças autoimunes, deficiências nutricionais, medicamentos, drogas ilícitas, álcool, alterações psiquiátricas, quimioterapia e até anorexia.

Para identificar o problema é feito uma microscopia eletrônica do bulbo capilar, que nada mais é do que um scaneamento do couro cabeludo, aumentando em oito mil vezes os fios. Com isso tem-se um diagnóstico preciso, verificando o estágio da queda e a indicação de um tratamento personalizado.

É importante lembrar que, quando a queda dos fios é associada a outros problemas, o tratamento capilar deve ter assistência de profissionais de outras áreas, como por exemplo, o endocrinologista, que avalia as condições da tireóide, o ginecologista, que verifica possíveis problemas hormonais, nutricionista, que avalia a segurança alimentar e até mesmo psiquiatra e psicólogo.

SAIBA MAIS:

Alopécias cicatriciais

Queda de cabelo causada por traumatismo, queimaduras químicas ou físicas ou exposição a agentes radioativos usados com finalidade terapêutica. Podem ainda ser devidas a doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes, tais como piodermites, paracoccidioidomicose, leishmaniose, tuberculose, sarcoidose, herpes zoster, linfomas, tumores, líquen plano, esclerodermia, lúpus eritematoso fixo, pseudopelada de Brocq e foliculite descalvante.

O tratamento deste tipo de queda de cabelo é combater a doença para impedir a atrofia ou cicatriz. Na fase de seqüela com atrofia, quando possível, pode-se fazer o implante de cabelos.

Alopécia areata (pelada)

Apresenta-se como áreas sem cabelo, arredondadas ou ovalares de tamanhos variados, únicas ou múltiplas, isoladas ou confluídas, sem alteração da pele, a não ser discreta hipotonia. Podem ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões pilosas. Em alguns casos, evolui para perda total dos cabelos. A causa é desconhecida, podendo estar relacionada a distúrbios emocionais, infecções ou ataques do próprio sistema imunológico.

O tratamento da alopecia areata inclui tratar as possíveis causas, dando especial atenção aos distúrbios psíquicos e se necessário solicitar a colaboração do psiquiatra, medicações rubefacientes em aplicações diárias ou em dias alternados. Estes medicamentos aumentam a circulação do sangue no local e de modo geral provoca a repilação, medicamentos corticóides em solução ou pomada podem ser úteis. A sua ação é baseada na supressão do sistema imunológico no local.

Queda de cabelo de causa mecânica

Quando a queda de cabelo é devido a fatores físicos sobre o couro cabeludo, o tratamento é procurar afastar as causas. Em casos antigos, nos quais a ação traumatizante se fez por longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível. Exemplos:

Recém-nascidos: perda de cabelo, principalmente na região occipital, provavelmente devido à criança permanecer deitada por longo tempo. É transitória, não necessitando de tratamento.

Certos penteados que provocam maior tração dos cabelos, comprometendo as regiões fronto-temporais e periferia do couro cabeludo. Também pode ser causada pelo uso de chapéus, quepes ou outros agentes compressivos. Pode ainda ocorrer em doentes que permanecem deitados por longo tempo.

Tricotilomania: em pessoas que adquirem o hábito de arrancar os próprios cabelos e pêlos, surgem áreas de alopécia, nas quais os cabelos apresentam-se de diferentes comprimentos.

O tratamento consiste em investigar e tratar a causa, em geral psicológica. O acompanhamento do psiquiatra é necessário.

Queda de cabelo devido a doenças infecciosa

Doenças infecciosas com febre alta durando de 3 a 5 dias podem causar queda de cabelo difusa, que se surgem entre 75 e 90 dias após o episódio febril. Nestes casos, os cabelos nascem novamente, sem tratamento.

Na infecção por sífilis podem ocorrer áreas de rarefação de cabelos e/ou pêlos, constituindo a clássica alopécia em clareira. Após o tratamento da sífilis há recuperação dos cabelos e pêlos.

Na hanseníase pode haver alopécia, em geral acompanhada de anestesia e anidrose. É comum a perda de pêlos no terço externo dos supercílios (madarose). Costuma ser irreversível, mesmo com o tratamento específico.

Queda de cabelo de causas sistêmicas

Pode ocorrer alopécia difusa em várias doenças que acometem o organismo como um todo:

– Lúpus eritematoso sistêmico,
– Dermatomiosite,
– Anemia ferropriva,
– Doenças carenciais e debilitantes,
– Diabetes,
– Hipertiroidismo,
– Hipotiroidismo,
– Doença de Addison.

O tratamento é o da doença sistêmica, ou seja, geralmente combatendo a causa, os cabelos crescem novamente.

Em mulheres, após o parto, é comum a observação de alopécia difusa do couro cabeludo. Geralmente é pouco intensa, dura alguns meses e regride. A regressão do quadro pode ser favorecida com o uso de rubefaciente, a administração de complexos vitamínicos e apoio psicológico.

Alopécia feminina difusa

Este tipo de queda de cabelo apresenta diminuição de cabelos nas regiões fronto-parietais, de modo difuso, persistindo cabelos mais curtos e afilados; a pele perde parte da elasticidade, podendo ser acompanhada de seborréia. Em geral a queda está associada a perturbações hormonais, com aumento da progesterona, menopausa, ou pelo uso de injeções de andrógenos com fim de tratamento de outro distúrbio. O diagnóstico é realizado pelo médico, que geralmente solicita exames de dosagens hormonais.

O tratamento deste tipo de queda de cabelo depende do resultado das dosagens hormonais, podendo ter indicação o uso de preparados antiandrogênicos, associados a estrógenos, a fim de combater a desregulação hormonal.

Calvície ou alopécia seborréica

Este tipo de queda de cabelo é mais comum no homem. A queda inicia-se nas regiões fronto-parietais e/ou no vértice, podendo progredir e atingir toda a parte central do couro cabeludo. Freqüentemente encontra-se seborréia do couro cabeludo, ou seja, aumento de oleosidade. Geralmente é tanto mais grave quanto mais precoce é o início da queda de cabelo. Em mulher a alopécia atinge principalmente a parte central do couro cabeludo e excepcionalmente ocorre a perda total dos cabelos. Muito mais rara.

O tratamento da calvície pode retardar ou interromper o processo, e quanto mais precoce o tratamento, melhor o resultado. Os tratamentos disponíveis são:

Para o tratamento da seborréia, recomenda-se o uso de sabonetes sulfurosos, xampus à base de coaltar, zinco ou cetoconazol. A suspensão do uso poderá acarretar a queda dos cabelos recuperados, voltando à situação inicial.

Medidas gerais tais como correção dos distúrbios emocionais, alterações hormonais, deficiências dietéticas, controle de pressão arterial, evitar o uso exagerado de descolorantes ou tinturas.

Uma vez estabelecida a calvície o único recurso terapêutico é implante de cabelos, que até o momento vem apresentando resultados satisfatórios.

Fonte: Saúde

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