Gente bem resolvida não fica paralisada, apontando o dedo para todas as direções em busca de culpados…
Existem dois tipos de pessoas que me chamam a atenção: a primeira é aquela que não obstante as vicissitudes e intempéries da vida seguem adiante, não se importando com as cicatrizes, posto que são necessárias, nem tampouco com as ditas injustiças sofridas, pois quem não as sofre? São decididas, estabelecem metas e envidam esforços para alcançá-las, não param no meio do caminho para choramingar as perdas, pelo contrário olham sempre para o horizonte em busca de dias melhores.
Por outro lado, existem pessoas que reclamam de tudo, se sentem injustiçadas, sofrem de autocomiseração e de sentimentos de perseguição, são em geral medíocres, pois que transferem a terceiros a razão dos seus fracassos, das suas derrotas e das suas decepções. Geralmente são ingratas e nutrem sentimentos de mágoas e ressentimentos.
Olhando para esses dois tipos de pessoas, aprendo que gente bem resolvida não fica paralisada, apontando o dedo para todas as direções em busca de culpados, elas simplesmente seguem vivendo e buscando novas oportunidades e desafios.
Há pessoas que só conseguem enxergar o cenário externo, não olham para dentro de si mesmas e agindo assim, perdem a grande oportunidade de se autoconhecer. Às vezes o erro não está no outro. A causa do nosso insucesso não são nossos pais, amigos, conhecidos, superiores, geralmente somos nós mesmos que nos limitamos e estagnados pelas murmurações e reclamos, não atingimos nossos objetivos.
Se olharmos para nós mesmos, iremos descobrir que grande parte de nossas frustrações não foram fruto de ações externas, mas principalmente de ações internas, decisões equivocadas e precipitadas, que nos levaram a momentos de dor e sofrimento.
A Palavra de Deus nos ensina no livro de Gênesis que no Jardim do Éden, após a queda do homem e da mulher, Deus os interrogou acerca do que havia acontecido e prontamente o homem sinalizou que a responsável pela situação era sua mulher, a mulher por sua vez apontou para a serpente. Essa transferência de responsabilidade pelos nossos atos é uma prática antiga, que denota uma fuga das nossas responsabilidades diante das crises que nos assolam.
Reconhecer nossos erros e imperfeições, assumir as consequências pelas nossas atitudes desastrosas, e buscarmos a Deus, para que Ele nos transforme nos ajude e nos oriente, nos permite acesso à cura dos nossos traumas.
Existe uma necessidade de pessoas de boa índole que busquem soluções ao invés de intrigas e confusões, que busquem a conciliação, que estabeleçam pontos de equilíbrio e promovam a paz.
Quando nós nos percebemos, quando nós nos enxergamos, temos a possibilidade de crescermos como ser humano, como indivíduo, como pessoa.
Nossas vitorias passam obrigatoriamente pela perspectiva de entendermos que muitas vezes nós somos a razão de tantas adversidades, e uma vez reconhecendo isso, permitirmos que Deus entre em nossas vidas, garantindo-nos a vitória.
Deus tem interesse em curar e abençoar o homem, porém é necessário abrirmos as portas do nosso coração, convidando-o a ser nosso amigo.
No capítulo 3, versículo 20 do livro do Apocalipse, Jesus faz um apelo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
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