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Igreja não é cinema, nem estádio de futebol e muito menos ringue de MMA

EM FOCO

Silvio Costa
Silvio Costa
Silvio mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e SEIFA, é professor de matérias teológicas na FATEG, membro do conselho editorial da revista Seara News. Também contribui como colunista em outros portais evangélicos do país, além de palestrante em escolas bíblicas e conferências teológicas. Mantém também o blog Cristão Capixaba.

Igreja não é cinema, nem estádio de futebol e muito menos ringue de MMA

Por Silvio Costa

Tem um pregador que o público jovem curte, ele é lá das bandas das Minas Gerais, já fez suas homílias com camisas de outros heróis, “Chapolim Colorado” e até mesmo fantasiado de “Super-Homem” dentro da igreja em que serve como pastor. Ele faz isso na maior tranquilidade sem qualquer constrangimento, entendendo que pregar o Evangelho é quebrar paradigmas litúrgicos e dispensar a social indumentária evangélica – para atingir um único objetivo: atrair a atenção, principalmente dos jovens.

Afinal, onde estamos buscando nossos referenciais de pregação ou estilo de vida cristã? Não usem o argumento: “ele está resgatando muitos jovens do mundo”. Ah é? Então justifica trazer os “heróis” do mundo para dentro da igreja? Significa que os fins justificam os meios? Não nos esqueçamos do rei Uzias que pensou de forma semelhante e foi leproso pelo resto da vida – só porque quis “contextualizar” e ampliar a função sacerdotal a si mesmo – o que não era permitido pelo Senhor Deus.

Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembleias solenes (Am 5.21)

Percebe-se uma verdadeira profanação dos locais de culto coletivo em muitas congregações. Infelizmente vários pastores, líderes e membros locais perderam o temor a Deus, ignoraram a sã consciência, rejeitaram a noção do que é absurdo ou impraticável nos âmbitos da igreja cristã. Estranha-me a promoção de campeonatos de MMA, festas juninas, transmissão de jogos de futebol, baladas para jovens e cinemas com exibição de filmes seculares dentro do templo ou nos limites da propriedade de igrejas, como se tudo isso fosse normal e aceito por Deus. Parece que voltamos no tempo e chegamos a quase dois séculos antes de Cristo quando o templo de Jerusalém foi profanado pelos sírios e macedônios – mas, com uma diferenciação ainda mais repugnante – agora, os profanadores são os de dentro da própria igreja.

Acabarei com a sua alegria: suas festas anuais, suas luas novas, seus dias de sábado e todas as suas festas fixas (Os 2.11)

Algumas igrejas têm atraído os olhares da mídia secular não porque estão promovendo algum trabalho de importância social ou relevância comunitária – mas porque estão apelando ao ridículo e ao abominável. Aquela argumentação de que Paulo era um missionário estrategista e se fazia de fraco para ganhar os fracos, de gentio para ganhar os gentios e de judeu para ganhar os judeus a fim de evangelizá-los (1 Co 9.19-22) querendo com isso justificar esses sacrilégios em espaço separado à adoração – não se firma como interpretação sustentável e menos ainda absolve os “bem intencionados” que tudo fazem para promover a comunhão da igreja através de suas programações ímpias na casa do Senhor (deveriam ler o versículo 27 que encerra o mesmo capítulo citado anteriormente). Definitivamente não existe fundamento bíblico, justificativa evangelística ou razão cristã para se armar ringues de lutas marciais dentro dos templos; não há qualquer cabimento em transmitir jogos de futebol no interior da casa consagrada a Deus para culto. Ainda tem aqueles que estão transformando o templo em uma sala de cinema e abandonando a bíblia como livro texto do discipulado ao adotarem filmes de Hollywood como conteúdos de instrução cristã; a que ponto chegamos?

Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mt 15.8)

Parece que precisamos ser uma espécie de “macabeus cristãos” que venham a agir com as armas do amor, profundidade bíblica e autoridade dos céus – nos levantando contra essa falta de noção e ausência de temor; contra “homens sem fé” que montam “emboscadas no templo” e “maculam a casa de Deus”. Por trás de todos esses “discursos evangelistícos” e “koinoníacos” subsistem estratégias do mal, conceitos pós-modernos de que igreja é comunidade, sobretudo e somente no nível sociológico, influenciada pela cultura que a faz e cerca (e não pela bíblia), e conduzida pela compreensão do homem em seu tempo (e não pelo Espírito Santo). Se sua igreja adota esse modus operandi para a prática evangelística ou reforço fraternal, fale com seu líder, dialogue com seu pastor e tente em quanto a tempo para salvar os que ainda restam (Ap 3.2).

E se não houver mudanças, ore e fale com Cristo Jesus – o cabeça da igreja (Ef 5.23), pois Ele não te deixará confundido sobre o que você terá que fazer a respeito.

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