Após denúncias, policiais militares entraram no templo e removeram os cabos do sistema de som da igreja
Por Paulo Pontes
O fato se deu na tarde de domingo (5), quando a Policia Militar de Guarapuava, após denúncia de suposta perturbação, deslocou 4 viaturas e aproximadamente 10 policias para atender à ocorrência. A Avenida Manoel Ribas ficou praticamente fechada durante a ação dos policiais que invadiram o templo da Assembleia de Deus do bairro Coqueirão, em Guarapuava, no estado do Paraná. Segundo a denúncia, um vizinho teria acionado a PM reclamando do volume do som durante os cultos, e que diversos pedidos feitos não foram atendidos.
A liderança da Assembleia de Deus local relatou ao portal Veja Paraná que o casal de vizinhos já tem um histórico de perseguição à igreja, e que não é a primeira vez que a polícia militar atende esse tipo de denúncia contra a igreja.
Neste caso recente, os policiais foram ao templo para retirar os cabos de som, fora do horário de culto quando os equipamentos estavam desligados, e a direção da igreja afirma que a instituição possui um aparelho que mede os decibéis durante os cultos.
De acordo com os membros da igreja a forma de abordagens por parte dos policiais militares é sempre rude, e que principalmente as crianças estão traumatizadas, visivelmente nervosas e choram com a presença dos policiais.
Não se descarta a suspeita de que os policiais militares tenham cometido abuso de autoridade para privilegiar a denunciante. O jornalista que cobriu a ocorrência questiona se não seria nesse caso uso abusivo e excessivo de bens públicos. “Essa pessoa tem perturbado todos os tipos de reunião da igreja, independente do horário, já entrou no templo gritando; o esposo foi armado até a porta do templo na intenção de intimidar os recepcionistas etc. Nos parece que existe uma ligação amigável e até pessoal entre alguns policiais e a reclamante já que a mesma trabalha no fórum da cidade e no momento de tomar os depoimentos para o termo circunstanciado/boletim de ocorrência, a referida ‘vizinha’ chegou na sala, digitou e auxiliou a policial que estava de serviço”, destacou.
O jornalista pontua que a Igreja Assembleia de Deus tem sua sede no mesmo endereço há 60 anos, convivendo em harmonia com os demais vizinhos e comunidade Guarapuavana, e alerta para o que diz o Código Penal Art. 208: “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso; Pena – detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa”.
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Com informações de Veja Paraná